quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

História Colectiva I - "Perdidos na selva"

Estamos a construir um "caderno de histórias" para mais tarde recordar...

Um de nós começa uma história à sua vontade e os outros alunos da turma têm que continuá-la, escrevendo o que acharem bem, num máximo de 10 linhas...

A nossa primeira história intitula-se "Perdidos na selva":
Um dia a turma da escola EB1 de Cadoços foi à selva fazer uma visita de estudo.
Quando estava no meio da selva o autocarro foi-se abaixo. O professor voltou a ligar o autocarro mas apareceu uma girafa que deu um coice na parte de trás do autocarro e atingiu o motor, partindo-o.
Depois o professor e os alunos fizeram uma cabana muito grande e fizeram armadilhas para caçar animais, pois tinham que se alimentar e já não havia comida.
No outro dia de manhã o professor foi verificar as armadilhas todas e numa delas estava a girafa que tinha mandado um coice ao autocarro. À hora de almoço, o professor fez uma fogueira e assou a girafa. Na parte da tarde os alunos fizeram uma corrida e jogaram às escondidas.
Enquanto os alunos brincavam, o professor tentou arranjar o autocarro mas não conseguiu.
Depois o professor deu a ideia de irem dar um passeio a pé. Os meninos viram coisas muito giras, que nunca tinham visto. Eles viram hipopótamos, iguanas, o resto da família das girafas, elefantes, tigres, leões e macacos.
A seguir, os meninos queriam voltar para a sua cabana, mas perderam-se. Começaram às voltas pela selva, mas iam sempre dar ao mesmo sítio…
Um dos meninos teve a ideia de ir procurar ajuda. Na selva, encontrou uma família de elefantes que levaram os alunos e o professor ate à cabana. Quando lá chegaram ficaram chateados, pois os ratos tinham-lhes devorado o comer quase todo. Só restou um pacote de bolachas e uma garrafa de água de um litro e meio.
Os meninos e o professor resolveram então ir à procura de comida pela selva e encontraram frutos e água. Quando chegaram à cabana os meninos comeram cada um uma bolacha e um fruto. Os meninos deram também uma bolacha e um fruto ao professor. O professor agradeceu e levou-os ao ribeiro, onde eles estiveram a nadar.
Depois voltaram à cabana e quando chegaram estava um leão e uma leoa ao pé do autocarro. O leão rugiu, levantou a pata e apontou-a para um monte de areia. Um menino chamado Raúl pensou: o leão deve-nos estar a encaminhar para o nosso destino. Os meninos e o professor seguiram o leão e encontraram uma avioneta. Então, o Raúl disse:
- Vamos arranjar a avioneta com as peças do autocarro…
Os meninos concordaram e o professor também. Depois foram buscar as rodas do autocarro e a gasolina. Não foram buscar o motor porque a avioneta tinha o motor bom. E lá foram montar a avioneta. Acabaram de a montar, mas ela não voava e eles tiveram que ir a andar com a avioneta pelo chão.
Depois pararam a avioneta e foram dar um passeio para ver a selva como ela era. Quando voltaram para a cabana os meninos foram arranjar lenha para fazer lume. Depois foram para perto da fogueira comer umas bolachas e água, que ainda tinham guardado. Ao fim de um bocado foram para dentro da cabana e um menino chamado Alexandre lembrou-se:
- Olhem colegas, porque é que não fazemos um jogo daqueles que fazíamos na escola?
Todos concordaram e convidaram o professor para jogar também. Mais tarde, quando começaram a ficar com fome o Hugo, a Ana Rita e o Raúl subiram cada um a uma árvore e encontraram muitos frutos, como por exemplo: cocos, bananas, kiwis... Depois de colherem os frutos, desceram das árvores e foram dizer aos colegas e ao professor que tinham vários tipos de fruta...
Depois de comerem os frutos, os alunos foram-se deitar, mas a Inês, a Susana e a Ana Rita não conseguiam dormir.
Havia um leão que estava a rondá-los. A Ana Rita estava pensativa e não conseguia perceber porque haveria um leão a rondar a tenda…
Foi então que a Inês perguntou à Susana:
Porque haverá um leão a rondar-nos?
A Susana respondeu que o leão andava a rondar as tendas porque talvez estivesse com fome.
Todos ficaram com medo e começaram a correr para dentro do autocarro. Até o professor ficou aflito.
Entretanto, o professor encontrou outro motor na bagagem do autocarro. Montou o motor e o autocarro começou a andar. Só pararam quando já era de noite.
De manhã, quando acordaram, foram à caça. O professor estava quase a apanhar um coelho mas teve azar, o coelho fugiu. Os alunos ficaram tristes e lá de longe viram uma cobra e deram um grito enorme.
Cheios de fome, lá foram para o autocarro e quando tentaram ligar o autocarro ele não queria pegar novamente…
O professor já estava desesperado, pois já não sabia o que fazer. De repente ouvem um barulho estranho e todos disseram:
- O que será isto?
E viram outro autocarro. Lá dentro estavam os idosos do Centro Comunitário. Os alunos e o professor ficaram contentes e quando chegaram a Cadoços contaram a toda a gente a aventura que tinham tido.
Finalmente, para comemorar o regresso, resolveram fazer uma grande festa com todas as pessoas da aldeia.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Carnaval 2010

Quinta-feira, dia 11 de Fevereiro fizemos a nossa festa de Carnaval. Todos foram mascarados à sua vontade, para podermos brincar ao Carnaval na escola.
O Alexandre e o Hugo foram vestidos de índios, a Ana Rita foi de pop star, o Nuno de chinês, a Bruna, a Susana e a Sara vestiram-se de espanholas, o Gonçalo e o Eduardo foram vestidos de homem aranha, a Cláudia de pêra, o Zé de coelhinho e a Inês e a Ana Filipa de princesas.
Assim que entrámos fomos acabar alguns trabalhos com o professor Jorge Godinho e só depois do intervalo é que começámos a nossa festa de Carnaval.
Primeiro fomos cantar karaoke. Depois do karaoke o professor Jorge tirou uma fotografia a cada um dos alunos.
De seguida fomos jogar ao “quem é quem em pessoa”. Tivemos a ajuda das idosas do Centro Comunitário para jogarem connosco.
O quem é quem em pessoa joga-se da seguinte forma:
Mascara-se uma pessoa enquanto as outras se viram de costas. A pessoa que se mascarou foi tapada só até ao pescoço, não se reconhecia a cara porque tinha uma máscara. O pano que lhe tapava o resto do corpo era cheio de estrelinhas e era segurado pela Marina e pela Telma. Depois os alunos viraram-se para a pessoa que estava mascarada e, um a um ou em grupos de dois, iam fazendo perguntas até adivinharem quem era a pessoa. Tinham três tentativas para adivinhar. Quem estava mascarado só podia abanar a cabeça para responder sim ou não às perguntas.
Quando um aluno adivinhava quem era a pessoa mascarada, ele não jogava mais e começava tudo de novo ,mas sem esse aluno, até todos os alunos adivinharem quem eram os mascarados.
Depois fomos almoçar, o almoço foi carne assada no forno, entrecosto, entremeadas e salsichas grelhadas, arroz, batatas fritas e por fim um pudim e bolo.
Depois do almoço fomos atirar fitas e papelinhos uns aos outros e voltámos para o karaoke.
Entretanto ficámos a saber que o senhor Aníbal fazia 70 anos e ele convidou-nos para comermos um bocadinho do bolo dos anos dele. Acabámos por cantar-lhe os parabéns.
Às 15.30h fomos para a aula de inglês. Depois, quando viemos de novo ao intervalo, ouvimos música no centro comunitário. Fomos lá ver o que se passava e descobrimos que era a música da aparelhagem que os idosos estavam a ouvir e fomos dançar um pouco antes de irmos para a aula da professora Sandra.
E assim foi a nossa festa de Carnaval.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

A Tia Miséria

Olá amigos!
Na passada Sexta-feira o nosso amigo Pedro, da Bibliote a Municipal de Grândola, veio mais uma vez à nossa escola. Desta vez veio contar-nos um conto tradicional português, que se chama "A Tia Miséria". Deixamos aqui um breve resumo do mesmo.

Era uma vez uma velha, muito velha, que vivia num monte, muito velho e morava numa casa, muito velha. Ela tinha uma figueira que dava uns figos muito bons e que cheiravam muito bem.
Todos os dias ela levantava-se, ia à janela e dizia:
-Ai o Sol! – ou – Ai a chuva! – ou então - Ai o frio!
Mas quando se virava para o outro lado e via a sua figueira punha logo um sorriso na cara.
- Ai, a minha figueira é tão bonita!
- Olha, os figos já estão a amadurecer!
Um dia, quando os meninos vieram da escola, subiram à figueira, encheram os bolsos de figos e fugiram para as suas casas. Porque toda a gente, sabia que aqueles figos eram os melhores figos do monte.
-Ááhhh, maganos! Quando eu os apanhar, vocês vão ver o que vos faço!!!
Alguns dias depois chegou um senhor à casa da velha e disse:
- Bom dia senhora. Posso entrar?
- Não! – respondeu a velha.
- Mas, está frio cá fora! Só me quero aquecer um pouco… – disse o homem.
- Você até tem bom aspecto. Entre lá. – disse a Tia miséria.
Eles foram para a sala da velha e tiveram a conversar. O senhor disse-lhe que era um viajante. Esteve a contar à velha as suas aventuras pelo mundo e a Tia Miséria esteve-lhe a contar histórias sobre a sua figueira.
O “viajante” disse ainda para a velha lhe pedir desejo que ele o tornaria realidade! Ela disse que desejava que quando alguém subisse à sua figueira para roubar figos só pudesse descer com a sua ordem.
O homem antes de sair perguntou à Tia Miséria se ela queria ir com ele mas a Tia Miséria disse que não. Ele disse-lhe que um dia a viria buscar.
À tarde quando os meninos vieram da escola ficaram presos na árvore e a velha foi lá e disse:
- Então gostam de aí estar?
Ao fim de três dias a velha foi lá e disse:
-Já podem sair. E eles lá saíram cheios de dor de barriga para as suas casas.
Algum tempo depois o senhor voltou a bater à porta da Tia miséria, desta vez para vir buscá-la. A Tia Miséria disse ao senhor:
- Eu não quero ir consigo, pois agora estou feliz porque não voltaram a roubar-me os figos.
-Mas tem de vir comigo! – disse novamente o senhor.
A velha apercebeu-se que o homem era a “Morte” em pessoa. Disse então:
- Antes de ir consigo gostava que fosse apanhar um balde de figos para eu levar para o outro mundo de onde vem.
A Morte subiu à figueira e ficou lá presa. A morte pediu então à Tia miséria para ela a tirar dali mas a velha não lhe deu ouvidos.
Várias pessoas estavam a sofrer, porque a morte não as conseguia matar… pois estava presa na árvore.
Então os presidentes de todos os países mandaram uma carta à velha e ela lá soltou a Morte. No entanto, antes de a soltar, a Tia Miséria combinou uma coisa com a “Morte”:
- Só a deixo descer da árvore se não me levar consigo!
A morte disse:
-Ok, eu prometo que não a levo comigo.
A Tia Miséria deixou a morte descer e a partir daí as pessoas começaram a morrer novamente… sem sofrerem.

Raúl